ENTENDA OS 10 MAIS DESTRUTIVOS COMPORTAMENTOS HUMANOS

AUTO-DESTRUIÇÃO TAMBÉM CONHECIDA COMO SUICÍDIO


Se nos compararmos com outros animais, nós humanos somos os únicos do reino a nos engajar em comportamentos destrutivos ( para nós mesmos e para nossa espécie). 

Nós mentimos, trapaceamos, roubamos, gravamos ornamentos em nossos corpos, nos estressamos e nos matamos ( e aos outros também).

A ciência nos explica o porquê, a assim considerada a mais inteligente das espécies, parece torpe, malévola, auto-destrutiva e perniciosa.



MENTIRA 


(Já de cara, um pecado mortal, posto que vai contra os 10 Mandamentos da lei de Deus, mais específicamente o oitavo: Não levantar falso testemunho)


Ninguém sabe com certeza porque mentimos, mas estudos e mais estudos trazem evidencias de que, além de ser extremamente comum, está ligado a fatores psicologicos profundos.


Robert Feldman, psicólogo  da Universidade de Massachussetts, explica: “Está relacionado a auto- estima. Tão logo uma pessoa sente que sua auto-estima está sendo ameaçada, imediatamente começa a mentir  bastante”.


Feldman condiziu estudos nos quais, as pessoas mentiam frequêntemente, sendo que 60% dos participantes mentiram pelo menos uma vez nos dez primeiros minutos de conversa.


E mentir, não é fácil. Outro estudo demonstrou que mentir é 30% mais demorado do que dizer a verdade.


Um estudo recente mostrou que as pessoas mentem muito mais em e mails do que no velho estilo de escrever em papel.


Um problemão que se apresenta nessa área, é saber se as pessoas  pensavam em mentir, e pra isso há a necessidade de uma definição clara do que é uma mentira.


“Certas condições precisam estar em vigor para que uma afirmação se constitua numa mentira “diz  James E. Mahon,  professor de filosofia da Washington and Lee University. 

Primeiro, a pessoa que faz a afirmação, tem que saber que a afirmação é falsa , e segundo, a pessoa que faz a afirmação deve ter a intenção de fazer a audiência acreditar que aquilo é verdade. 
Se não preencher essas duas condições, não é uma mentira.” ( Certo, concluo eu, só os políticos mentem, o resto de nós comete pecadilhos de falta de informação).


Outros animais que não apenas os humanos, também são capazes de enganar, e até robots aprenderam a mentir, num experimento nos quais eram recompensados ou punidos dependendo de sua atuação numa competição com outros robots.



DESEJAR ( PRECISAR DE) VIOLÊNCIA     


(lá vamos nós pecar contra o sexto mandamento – Não matar)


Encontramos violência espalhada por tôda a história da humanidade (incluindo a Bíblia), levando alguns pesquisadores a concluir que precisamos dela ou a desejamos do mesmo modo que um adicto necessita de sua droga de escolha.

Acham eles que está em nossos genes e que afeta os centros de recompensa em nosso cérebro ( danado do núcleo acumbens). Porém, voltando atrás milhões de anos, há evidencias que nossos ancestrais eram muito mais amantes da paz do que somos hoje, embora tenham sido encontrados sinais de canibalismo entre os primeiros humanos pré-históricos.


Num estudo (2008), publicado na revista Psychopharmacology, os autores  concluiram que desejamos e necessitamos de violência tanto quanto de sexo, comida ou drogas. No estudo, feito em ratos, encontraram  um feixe de células cerebrais que, embora mais diretamente envolvido  com outras recompensas, também relacionava-se com o desejo por violência.

Os cientistas pensam que isso pode ser aplicado da mesma forma a cerebros humanos.


“Agressão ocorre em todos os vertebrados, e é necessária para conseguir e manter recursos importantes, tais como acasalamento, território e comida”diz um dos membros do estudo acima, Craig Kennedy, professor de educação especial e pediatria na Vanderbilt University no Tennessee.

“Encontramos que o sistema de recompensa no cérebro,  engrena como resposta a um evento agressivo. Sabemos que o neurotransmissor Dopamina, está envolvido”. 


“O comportamento agressivo evoluiu nas espécies nas quais aumentou as chances de sobrevivência individual ou reprodutiva, e isso depende de circunstâncias ambientais, sociais, reprodutivas e historicas,  específicas de uma espécie.

Certamente os humanos posicionam-se entre as mais violentas das espécies.”, nos conta o biologo David Carrier da Universidade de Utah.



ROUBAR                 


( Pimba contra o sétimo mandamento)


Roubo pode ser motivado por necessidade (como bem o conheceram as classes baixas da Inglaterra vitoriana, muitos dos quais, ao roubar um pedaço de pão para alimentar a família, acabaram nas galés a caminho da Austrália).


Por outro lado, para cleptomaníacos, pode ser motivado pela pura emoção proveniente de praticar o ato. Num estudo feito com 43000 participantes, 11% deles admitiram ter roubado pelo menos uma vez na vida.


“Essas são pessoas que roubam mesmo podendo comprar o que estão roubando”diz  Jon E. Grant da Escola de Medicina da Universidade de Minnesota .


Em 2009, num estudo no qual  os partecipantes tomaram ou um placebo ou Naltrexone, droga conhecida por refrear tendências adictivas com alcohol, drogas e jôgo.

O Naltrexone bloqueia os efeitos dos assim chamados “opiáceos endógenos”, grupos de substâncias   as quais os cientistas  suspeitam, sejam liberadas durante o ato de roubar, as quais disparam a sensação de prazer no cérebro.


Assim que,  Grant e cols, descobriram que o Naltrexone também inibe o impulso e o ato de roubar, como tão bem descreveram num artigo publicado na revista de Psiquiatria Biológica.


Roubar pode estar em nossos genes, afinal até macacos roubam.

Macacos capuchinhos usam um tipo de grito de alarme para avisar uns aos outros da presença de predadores, assim todos podem fugir e evitar  o problema.

Acontece que alguns dos macaquinhos gritam alarmes falsos para poderem roubar a comida dos que fugiram.


TRAPACEAR- ENGANAR


(Esse bate de frente com sexro, sétimo. Oitavo, nono e décimo)


Há poucas características humanas mais fascinantes. Embora a maior parte das pessoas acreditem que honestidade é uma virtude, cerca de 1 em cada 5 americanos acha que trapacear o Imposto de Renda é moralmente aceitável, ou não é sequer  um ponto de controvérsia, e estudos e mais estudos tem demonstrado que pessoas  que se definem como tendo  altos valores morais, são as que mais trapaceiam.


Os piores trapaceiros são aqueles com altos valores morais, que também , de uma maneira distorcida, consideram o trapacear como comportamento eticamente justificável, dependendo das circunstâncias (na minha opinião, são os que carregam “O Principe”, de Machiavelli debaixo do braço e só leram resenhas).


O trair virou comportamento comum entre políticos e celebridades de maneira geral, e tem uma explicação simples: Os caras estão ligados em sexo, quanto mais melhor, e também enganam mais do que as mulheres (esse conceito continua me confundindo: se os meninos trapaceiam mais que as meninas, trapaceiam com quem?). 

Além de tudo, parece que, quanto mais poder alguém detenha, mais chances de vir a cornear o consorte.


“As pessoas não necessáriamente põem em prática o que pregam”, diz Lawrence Josephs, psicologo na Adelphi University em  NY. “Também não está claro até que ponto os valores éticos pessoais realmente estão no comando do que as pessoas fazem ou deixam de fazer”.



AGARRAR-SE A MAUS HABITOS


(Agora complicou. Não vai contra nenhum mandamento, mas provavelmente relaciona-se aos 7 pecados capitais, a saber: Gula- Avareza- Luxúria- Ira- Inveja- Preguiça – Soberba, e porque estão nessa ordem nunca soube nem nunca ninguém me explicou. O que acabei de apreender é que a Igreja Católica, com o intúito de educar e proteger seus seguidores, “tomou emprestado”conceitos muito anteriores ao cristianismo, que eram chamados VÍCIOS, e lá mandou como pecados – viu como é bom ler livros pedantes?)


Talvez tudo o que está nesta lista poderia ser  muito menos complicado, não fossemos nós humanos criaturas de habitos. Estudos mostraram que, mesmo quando as terríveis consequências de um mau habito são muito bem conhecidas, continua muito difícil abandonar o já citado (é mesmo? Precisava de estudos? Ninguém nunca viu um fumante tentando largar?)


Cindy Jardine, da Universidade de Alberta, explica:


1-    Tendemos a viver no presente imediato, muito pouco no futuro, e nada em têrmos de longo prazo.
2-    Temos um desejo inato de desafiar o destino
3-    Necessitamos de aceitação social (qualquer uma, necessidade que explica a formação de clubes e gangues)
4-    Somos incapazes de entender realmente o tamanho do risco.
5-    Temos visòes muito particulares do mundo e uma capacidade enorme de racionalização, do tipo, minha avó fumou a vida toda e morreu com 90 anos ( a minha, que não fumou um dia sequer, chegou aos 104)
6-    Predisposição genética à adição ( tenho imensas dúvidas a respeito desta afirmação)



A CAPACIDADE DE OPRIMIR E TIRANIZAR NOSSO PRÓXIMO


( De novo, os capitais)

Segundo estudoa americanos, a metade dos alunos de escola primária  sofreram algum tipo de opressão por parte de colegas.

Um estudo europeu, de 2009, demonstrou que, crianças que oprimem colegas na escola, tendem a fazer o mesmo com os irmãos em casa, o que levou os pesquisadores a especular se esse tipo de comportamento vem a ser um comportamento apreendido e que se inicia no lar- Ersilia Menesini da Universita’ degli Studi di Firenze, Italia

Mas isso não é só brincadeira de crianças. Outro estudo revelou que 30% dos que trabalham em escritórios passam pelo mesmo problema, tanto causado por chefes quanto por colegas, desde a retenção de informação necessária para execução de determinada tarefa, até boatos e humilhações específicas. 

Pior é que, uma bez começado, só tende a piorar, pois esse tipo de comportamento vai escalando, sendo essa uma das razòes pelas quais é tão difícil de prevenir, pois usualmente começa bem pequenininho, quase imperceptivel- Sarah Tracy, diretora do  Projeto para o Bemestar no Trabalho e na Vida, da Universidade Estadual do Arizona.

Especialistas na área dizem que a única forma de combater esse tipo de comportamento é não se deixar intimidar e responder de forma racional, específica e consistente (e eu me pergunto como é que se responde a boatos de forma racional e consistente?)

Os psicologos dizem que as pessoas se comportam assim para ganhar status e poder.

Como alguns pesquisadores observaram esse tipo de comportamento também em macacos, especulam se o mesmo não vem desde lá de trás em nossa árvore evolutiva (aqui vai minha contribuição: no caso alguém começar esse comportamento, tendo a você como alvo, calmamente explique a essa pessoa que entende a necessidade evolutiva pela qual ela/ ele está passando, mas que considerando que nossos ancestrais pré hominídios desceram das árvores há milhares de anos, você tem a maior fé que o cidadão/ cidadã possam  fazer o mesmo).


CORTAR-PICAR- PREGAR- ARREDONDAR  E TATUAR NOSSOS CORPOS 

( Narcisismo não é pecado.É só distúrbio de personalidade)

A previsão é que, lá pelo ano de 2015, 17% dos residentes nos EUA terão se submetido a pelo menos um procedimento cosmético.

Alguns chama a isto de auto edificação, arte, jeito de passar o tempo, rebeldia... mas, falando sério e considerando a quantidade de gente que morreu disso, o que faz com que tantas pessoas estejam fazendo todo o possivel para se re-inventar artificialmente?

Primeiro, é importante notar que, embora nas lojas de vendas de novos corpos as opções nunca tenham sido mais variadas, a prática é muito antiga, geralmente relacionada a cultos religiosos ou poder e status (lá vamos nós de novo a bater na mesma tecla) . 

Tribos e civilizações por toda a história da humanidade, modificaram a forma de suas cabeças, esticaram seus pescoços, lábios e orelhas, pintaram seus corpos e inseriram jóias na pele.

Talvez, a grande modificação, hoje em dia, seja se embelezar, seja lá qual for a definição disso, ou simplesmente para se ajustar a determinado grupo.

O chamariz da beleza não pode ser negado como primeiro motivadosr, pois sabe-se através de centenas de estudos que mostram que as pessoas tendem a comprar mais de vendedores atraentes, pessoas atraentes captam nossa atenção mais fácilmente, e pessoas magras  são contratadas e promovidas mais facilmente.

A psicóloga Diana Zuckerman, presidente do Centro Nacional de Pesquisas pata Mulheres e Familias, informa: “Isto faz sentido, porque vivemos numa sociedade que se importa com a imagem”.

Um sinal dos tempos, na medida que os Baby Boomers envelhecem: Durante a recessão, a procura por cirurgia estética caiu muito, mas em compensação, os tratamentos a laser para decapagem de rugas, dispararam.


SE MATAR DE STRESS

( Não sei onde cabe, vamos necessitar de nova classificação pra pecados)

Stress pode ser mortal, aumentando o risco de problemas cardiacos e até de câncer. Stress pode levar à depressão, que por sua vez pode levar ao suicidio.

Embora “stress”seja um termo não muito bem definido, aqui nos EUA as duas maiores fontes de stress são: o local de trabalho e filhos.

Segundo a Organização Internacional para o Trabalho, há 600 milhões de criaturas mundo afora, que tem uma semana de trabalho de mais de 48 horas, e os avanços na tecnologia, como celulares e a internet de banda larga, nada mais fizeram que borrar as divisões entre a vida no trabalho e fora dele, e segundo um estudo recente, cerca de metade dos americanos leva trabalho pra casa.

Filhos também sao fonte de stress sem fim para adultos jovens e de meia idade, que tem que dar conta de casa, trabalho e crianças.

Gwenith Fisher, psicologa organizacional do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan, explica:
“Trabalhadores com mais idade, trabalham melhor porque não tem que lidar com tantos conflitos”.

Especialistas da área recomendam sono e exercicios como excelentes de-estressores.


JOGOS DE AZAR

( Jogar até onde lembro, não é pecado, senão como Las Vegas e a Bôlsa de Valores teriam se desenvolvido?)

Parece que os jogos de azar também estão profundamente inseridos em nossos cérebros através de nossos genes.

Até macacos jogam. Um estudo que mediu o desejo de jogar dos macaquinhos para ganhar uma recompensa suculenta, mostrou que, mesmo quando as recompensas diminuiram, os primatas se comportaram irracionalmente e continuaram a jogar pela chance hipotética de ganhar só um pouquinho mais.

Um estudo publicado na revista  Neuron (Neurônio), demonstrou que o “quase ganhar”, ativa um circuito cerebral ligado ao “vencer”, o qual, por sua vez, aumenta a motivação para jogar.

Luke Clark da Universidade de Cambridg explica: “Jogadores interpretam acontecimentos tais como um quase-acidente, como um evento especial, algum tipo de ômen, o que os encotaja a continuar jogando. Nosso cérebro interpreta o “quase aconteceu”como uma vitória, mesmo se, esse tipo de resultado, técnicamente é uma perda.

 Outros estudos mostram que o perder faz com que os jogadores joguem ainda mais. Quando as pessoas planejam com antecedência o quanto vão jogar, o fazem com enorme frieza racional, mas basta perder, e lá se vai toda a racionalidade e começam a jogar ainda mais.


FOFOCA

( Cabe no ítem “falso testemunho”)

Nós humanos, somos criados ( evolutivamente falando), para julgar e falar dos outros, não importa  o quão prejudicial, ofensivo ou danoso isso possa ser.

Robin Dunbar, primatologista em Oxford, explica: “Babuínos enfeitam-se uns aos outros para manter fortes os laços sociais. Nós humanos como somos mais evoluidos, usamos a fofoca como cola social. Ambos os comportamentos são aprendidos”. 

A fofoca estabelece limites sociais e melhora nossa auto-estima.

Muitas vezes., a meta da fofoca não é dizer a verdade, ou ser acurada. ( Se fosse não se chamaria fofoca, não é?)

O que conta, é o elo que pode forjar entre duas pessoas,geralmente às expensas de uma terceira.

Jennifer Bosson, professora de Psicologia ns Universidade do Sul da Florida, explica:
“Quando duas pessoas compartilham o detestar a uma terceira pessoa, a fofoca as une mais ainda “.

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